A Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) reuniu, no último dia 10, o Conselho de Entidades com o objetivo de apresentar os impactos financeiros pós-pandemia e debater sobre soluções para a garantia do futuro do plano de saúde.
O Conselho é composto por representantes das entidades representativas dos Servidores Públicos do Estado de Mato Grosso do Sul, e foi criado com a finalidade de ser amplo e envolver o maior número de entidades possíveis. Participaram da reunião 46 representantes de 27 entidades representativas.
Para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, o debate sobre o equilíbrio financeiro do plano acontece em um momento oportuno em que é preciso definir e implementar um plano de ação para a sustentabilidade da operadora de saúde. “Estamos trabalhando, estudando propostas para reduzir despesas e encontrar novas receitas para garantir a equidade, a sustentabilidade do plano”, ressalta Ayache.
O vice-presidente da Cassems, Ademir Cerri, complementa afirmando que mais uma vez a Caixa dos Servidores toma a iniciativa ao promover o debate e desenhar soluções diante do cenário em que as operadoras de planos de saúde estão inseridas. “Diante do contexto em que estamos inseridos, mudanças se fazem necessárias para manter a qualidade nos serviços e na assistência oferecidas pela Cassems”, afirma.
Para o presidente da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), 1º SGT PM Fabrício de Carvalho Moura, a pandemia da covid-19 impactou não só na vida de milhares de pessoas, como também nas finanças dos planos de saúde no Brasil, que atualmente realizam esforços para manter o equilíbrio nas contas.
“É importante discutirmos a saúde suplementar nesse cenário de pós-pandemia, e a necessidade de fazer ajustes para que a Cassems continue prestando um serviço de excelência aos beneficiários”, afirmou.
Balanço – Segundo levantamento divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), seguindo a dinâmica já observada em 2022, as operadoras médico-hospitalares (principal segmento do setor) fecharam o primeiro trimestre de 2023 com déficit de R$ 1,7 bilhão.
Parte desse reflexo é sentido em razão da chamada “inflação médica”, que conforme explicado pelo presidente onera as contas das operadoras de saúde.
“Este cenário de pós-pandemia é um momento bastante delicado para as operadoras de planos de saúde, e nos coloca diante de correção dos rumos, em que precisamos ter serenidade de fazer isso de forma menos abrupta, mas também preservado a sustentabilidade do nosso plano de saúde e encontrar caminhos para diminuir a pressão econômica sobre a Cassems”, finaliza Ayache.