domingo, novembro 24
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Entrevista: Sargento Moura fala sobre efetivo, integração com o interior e social

Em sua primeira entrevista como presidente da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), o 1º SGT Fabrício de Carvalho Moura falou, na manhã desta segunda-feira (21), ao grupo Feitosa de Comunicação sobre os desafios a frente da entidade.

O bate-papo foi transmitido ao vivo para Campo Grande e outras 31 cidades do interior, por meio das seis emissoras do grupo.

Confira abaixo os principais pontos da entrevista:

Efetivo
Hoje, vivenciamos em todo o Brasil a falta de efetivo. Temos a logística, que são as viaturas, mas o principal é o material humano. A Associação vai propor uma política de inclusão. A contratação não é barata, o concurso, a seletiva onera o Estado, então tem que ser feita de forma cadenciada. Vamos propor uma política de inclusão de novos policiais e bombeiros. Hoje, a defasagem das corporações chega a 40%.

Gargalos nas polícias Civil e Militar
A Polícia Civil também passa por esse problema do efetivo, também precisam adequar o quadro deles. Vimos, no final do ano, o [Programa] OCOP [Obtenção de Capacidade Operacional Plena], que foi desenvolvido inicialmente por Campo Grande, pelo COM [Comando de Policiamento Metropolitano], em que se aumentou o número de viaturas na rua, mas quando você leva o infrator até a delegacia, você se depara com a falta de efetivo e a fila de viaturas. [A Polícia Civil] também precisa de mais pessoal para otimizar e atender melhor a sociedade. Quando você fica com a viatura muito tempo parada, você deixa de atender a população.

Integração com o Interior
Nossa associação conta com 12 diretorias regionais no interior. No Estado, estamos bem assistidos por essas diretorias regionais. Estamos integrando. O interior sempre fica carecido de informação. Com nossa nova gestão, nossa intenção é estreitar o relacionamento. Uma das minhas propostas é, a cada semestre, fazer visitas técnicas às regionais para levar conhecimentos na área da legislação e atendimento jurídico. Nossa proposta é integrar a sede com as 12 regionais.

Social
Precisamos melhorar, perceber quando os policiais que estão com problemas psicológicos. O serviço é estressante e afeta o policial. Nossa intenção é otimizar, até com serviço de capelania, pois a parte espiritual é importante para o ser humano. Independente da religião, tem que ter uma fonte religiosa para poder debruçar. A educação financeira também é importante para que o policial possa administrar seu salário. É algo que vamos trabalhar, e até mesmo sugerir nos cursos de formações tópicos sobre a saúde financeira de cada um.

Estrutura no interior
Precisa desenvolver um pouco mais, tanto as delegacias quanto os quarteis. Não basta ter somente viaturas e armamentos, precisamos ter material humano bem de saúde mental, capaz de atender ao público. Precisa sim, tanto a Polícia Militar e a Civil, reestruturar.

Relacionamento com a Sejusp
Assumimos a ACS e nosso relacionamento é muito bom. O secretário, tranquilamente temos acesso a ele, juntamente com os comandantes da PM e do Corpo de Bombeiros. De início já fomos bem recebidos. Acredito que, trabalhando em parceria com os comandos, podemos estreitar detalhes, como o quadro de distribuição de efetivo, que trata das promoções das praças, de maneira que a gente possa participar da formatação do quadro.

Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da ACS

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