quinta-feira, julho 31
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Saúde mental afasta militares em MS; ACS reforça apoio à tropa

Com um efetivo de 5.387 profissionais em atividade, a PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) registra atualmente 208 afastamentos por questões relacionadas à saúde mental — o que representa 3,86% do seu quadro. Já o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), com 1.672 integrantes, contabiliza 34 afastamentos, equivalente a 2,03% do efetivo. Os dados constam no Edital nº 002/2025, que regulamenta a seleção para o curso de pós-graduação em Saúde Mental voltado a gestores da segurança pública.

O levantamento revelou um total de 445 servidores afastados por adoecimento mental em todo o sistema de segurança pública estadual. As instituições com os maiores percentuais de afastamento proporcional ao efetivo foram: Polícia Penal (4,97%), Polícia Civil (4,45%), Polícia Militar (3,86%), Coordenadoria-Geral de Perícias (3,09%) e Corpo de Bombeiros Militar (2,03%). O cenário reforça a urgência de ampliar os cuidados voltados à saúde emocional dos profissionais da segurança, independentemente da área de atuação.

Diante desse cenário, a ACS tem reforçado sua atuação em prol dos militares estaduais. A entidade atua como ponte entre os servidores e a Policlínica da PMMS, auxiliando nos encaminhamentos e acompanhamentos médicos. Além disso, mantém atuação direta dentro da própria Policlínica, oferecendo suporte em procedimentos hospitalares, e também junto à AGEPREV, orientando e representando os associados em questões administrativas e previdenciárias.

Outro serviço essencial prestado pela ACS é o suporte jurídico, especialmente nos casos que envolvem reconhecimento de causa e efeito entre a atividade policial e o adoecimento mental. Esse trabalho assegura que os militares afastados recebam o amparo legal devido. A entidade também acompanha de perto as discussões sobre melhorias nas condições de trabalho, contribuindo para ambientes mais saudáveis e humanizados nas unidades operacionais.

Capacitação – Atenta à relevância do tema, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) lançou uma pós-graduação Lato Sensu em Saúde Mental. O curso, com duração de 14 meses e formato híbrido, busca formar gestores capazes de atuar como multiplicadores institucionais de práticas voltadas à saúde mental nas corporações.

1 Comment

  • PAULO CEZAR PADILHA

    Quando eu era oficial na Ativa da PMMS levei o problema de mais de um militar ao conhecimento do Cmdo do Batalhão…
    Além de não ajudar a resolver ficaram bravos comigo e tive que ouvir as seguintes frases:
    Depressão se cura com mais escalas…
    Quando tenho um problema resolvo me livrando dele…
    Isso não é problema seu se preocupa com seu pelotão que nós cuidamos do Batalhão…
    Dentre outras, obviamente que também encontrei na Ativa poucos oficiais de Alta Patente que realmente ajudavam quem precisava mas infelizmente não dá para encher uma mão.
    O sentimento de impotência e indignação também me adoeceram.
    A alternativa que tive já que tinha direito for ir para a RR deixei de almejar promoção a Major, não me arrependo em nada.
    Por fim, a decisão derradeira para RR foi quando numa reunião fui discriminado ostensivamente por ser oficial oriundo do quadro de praças dando a entender que eu passava a mão na cabeça de relapsos.
    Quem me conheceu na Ativa sabe o quanto era disciplinado e disciplinador mas sobretudo buscava ser justo e imparcial.
    Foi a gota d’água… Alguns de Alta Patente que proferiram essas célebres frases ainda estão na Ativa obviamente Convocados pelo tucanato.
    Fica a indagação:
    Vocês acham que estão, de verdade, preocupados com a tropa?

    PAULO CEZAR PADILHA CAP QAOPM RR

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