quinta-feira, abril 25
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NOTA DE REPÚDIO

A ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), maior e principal entidade representativa dos servidores militares sul-mato-grossenses, vem a público repudiar, de maneira veemente, a fala do “jornalista” Benedito de Paula, da Rádio Difusora Pantanal, que demonstrou total despreparo, desconhecimento e desrespeito com toda a família policial militar ao criticar, de forma rasa, o projeto de lei complementar 15/21, que garante promoção dos militares convocados ou designados.

A opinião do radialista, conhecido no meio por sua credibilidade questionável, mostra-se totalmente equivocada. O projeto visa corrigir uma sequência de falhas de gestões passadas que, em muitos casos, deixaram o policial militar transferir-se para a reserva remunerada com uma, ou no máximo duas, promoções.

Quais os ‘penduricalhos’ – termo usado pelo jornalista – que os policiais e bombeiros militares têm? ‘Trem da alegria’? Onde? Benedito de Paula mostrou conhecimento sobre a categoria tão profundo quanto uma poça d’água. Não conhece sequer a estrutura remuneratória dos profissionais.

Dizer que os policiais ‘estão de pijamas’ e, de repente, são chamados para o serviço ativo, é outro absurdo. Se ele não sabe, policiais militares e bombeiros não têm aposentadoria. São transferidos para a reserva remunerada e podem ser convocados a qualquer momento para a atividade, por ato do governador. E não pode se negar: por isso a designação e a convocação.

O projeto ainda prevê a promoção apenas cinco anos depois para o policial e bombeiro que retornar à ativa. Não há trem de alegria. Não há penduricalho. E muito menos um servidor incapaz, de pijamas, de pernas para o ar em casa.

A ACS defende o direito ao livre exercício da impressa e reconhece a importância dos meios de comunicação para a manutenção de uma sociedade livre e democrática.

Mas, também pedimos que os veículos – e os profissionais que atuam neles – exercitem e não se esqueçam de um princípio básico da boa prática jornalística: a checagem das informações. Algo simples, mas pouco usado hoje em dia, que pode impedir que falas lamentáveis como essas cheguem aos ouvidos do público.

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